Belo Horizonte (AE) - Depois de ouvir a negativa do governador Aécio Neves ao seu convite para que o mineiro componha como vice a chapa do PSDB, o governador de São Paulo, José Serra, passou por constrangimento ontem ao ouvir gritos de “Aécio presidente” durante a solenidade de inauguração da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, nova sede do governo mineiro, em Belo Horizonte. Serra também precisou dividir o evento com seu principal desafeto, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que não perdeu a oportunidade de alfinetar o virtual presidenciável tucano.
Charles Silva Duarte/AEAécio conversa com Serra e diz em discurso que não será vice
Numa cerimônia para cerca de oito mil pessoas, Aécio reuniu boa parte do mundo político do País para a inauguração de sua obra mais significativa: um suntuoso centro administrativo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na zona norte da capital mineira. Na madrugada de ontem, durante um encontro com Serra em um hotel de Brasília, o governador mineiro, pela primeira vez, foi convidado para integrar a chapa como vice, mas reiterou a disposição de concorrer a uma cadeira no Senado, prometendo empenho na campanha de Serra em Minas.
Ontem, os dois voltaram a se encontrar durante a festa que marcou também o centenário de nascimento de Tancredo. Serra chegou atrasado na concentração da comitiva de autoridades, mas demonstrando bom humor. Tendo Aécio à frente, o grupo desceu a rampa Palácio do Governo - prédio que irá abrigar o gabinete do governador, com 146 metros de vão livre, considerado o maior vão suspenso do mundo -, dando início à cerimônia. Foi quando foram ouvidos os primeiros gritos de “Aécio presidente”, numa espécie de entrada triunfal do governador. Um novo coro se formou quando o mineiro preparava-se para discursar.
Meio constrangido, Aécio discretamente fez gestos pedindo que o público encerrasse a manifestação. “O momento de uma eventual candidatura minha ao posto passou. Não será desta vez”, frisou o mineiro ao deixar o evento.
Mais constrangedor para Serra, porém, foi a presença de Ciro, que ainda tenta emplacar sua candidatura à Presidência pelo PSB. Ao chegar ao evento, sem citar o governador paulista, o deputado atacou a estratégia tucana de tentar convencer Aécio a aceitar a vaga de vice, o que, para ele, parte de “quem vê Minas longe do poder, vê o desequilíbrio do poder brasileiro”.
Ontem, os dois voltaram a se encontrar durante a festa que marcou também o centenário de nascimento de Tancredo. Serra chegou atrasado na concentração da comitiva de autoridades, mas demonstrando bom humor. Tendo Aécio à frente, o grupo desceu a rampa Palácio do Governo - prédio que irá abrigar o gabinete do governador, com 146 metros de vão livre, considerado o maior vão suspenso do mundo -, dando início à cerimônia. Foi quando foram ouvidos os primeiros gritos de “Aécio presidente”, numa espécie de entrada triunfal do governador. Um novo coro se formou quando o mineiro preparava-se para discursar.
Meio constrangido, Aécio discretamente fez gestos pedindo que o público encerrasse a manifestação. “O momento de uma eventual candidatura minha ao posto passou. Não será desta vez”, frisou o mineiro ao deixar o evento.
Mais constrangedor para Serra, porém, foi a presença de Ciro, que ainda tenta emplacar sua candidatura à Presidência pelo PSB. Ao chegar ao evento, sem citar o governador paulista, o deputado atacou a estratégia tucana de tentar convencer Aécio a aceitar a vaga de vice, o que, para ele, parte de “quem vê Minas longe do poder, vê o desequilíbrio do poder brasileiro”.
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