Publicada na Edição Número 1.383 - Ano V
Pedro Carlos
Raul Pereira
O deputado estadual Walter Alves é o segundo colocado dentre os mais citados na pesquisa deste mês
O ex-prefeito de Santa Cruz, Luiz Antônio "Tomba", aparece em primeiro lugar na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa na pesquisa CORREIO DA TARDE/Fiern/Start. A exemplo da primeira pesquisa, em que esteve entre os mais bem citados, ele repete o bom resultado. O levantamento também mostra que muitos dos atuais deputados estaduais estão crescendo durante a campanha.
É o caso de Walter Alves (PMDB), filho do senador Garibaldi Filho (PMDB), que já aparece em segundo lugar na atual campanha. Ele pulou de 0,7% no primeiro levantamento para 2,4% no atual.
Quem também melhorou muito o resultado foi Nélter Queiroz (PMDB). Ele foi de 0,3% na primeira sondagem para 1,9% nesta segunda oportunidade.
Dos dez primeiros colocados na pesquisa realizada entre os dias 14 e 16 de agosto, sete têm mandato eletivo. Com exceção de Tomba, quem aparece bem entre os "novatos" são Vivaldo Costa (PR), com 1,4% e Kelps Lima (PR), ex-secretário de Mobilidade Urbana de Natal, com o mesmo percentual.
Coligações
Analisando o quadro por coligações, começa a se desenhar um quadro muito favorável à coligação PMDB/PR/PV, que tem hoje, dentre os 20 primeiros colocados, nove nomes despontando. São eles, por ordem de citações na pesquisa: Walter Alves (PMDB), Nélter Queiroz (PMDB), Vivaldo Costa (PR), Kelps Lima (PR), Luiz Almir (PV), Gilson Moura (PV), Dr. Antônio Petronilo (PMDB), Adão Eridan (PR) e Miguel Weber (PV).
Em se confirmando esta tendência nas urnas, a coligação PMDB/PV/PR teria amplas condições de elevar a bancada atual, que conta com sete mandatos, sendo quatro do PMDB e três do PV.
A coligação liderada pelo PSB colocou quatro candidatos entre os 20 primeiros nesta nova equipe. São eles: Tomba (PSB), Larissa Rosado (PSB), Ezequiel Ferreira (PTB) e Gustavo Carvalho (PSB).
A coligação Força da União (DEM/PMN/PSDB) tem cinco nomes na lista, nesta ordem: Gesane Marinho (PMN), Dr. Leonardo (DEM), Ricardo Motta (PMN), Getúlio Rego (DEM) e Dibson Nasser (PSDB).
A coligação Coragem para Mudar, que agrega os partidos PDT e PCdoB, aparece com Flaviano Monteiro (PCdoB) e Agnelo Alves (PDT).
Disputa
A divisão dos candidatos por coligação é importante porque eles disputam as vagas entre si. Para saber se um candidato será eleito ou não é preciso primeiro saber do potencial eleitoral da sua coligação, ou seja, se vai atingir o quociente eleitoral, que é a quantidade mínima de votos para garantir uma vaga. Depois disso, busca-se dentro da coligação os mais votados.
De acordo com a votação de cada coligação, pode se eleger um ou mais candidatos. No caso da coligação PMDB/PR/PV, as pesquisas têm apontado potencial para eleger acima de oito estaduais. A tendência, no entanto, pode mudar durante a campanha, especialmente porque o voto proporcional é muito volátil e por vezes depende do tamanho da estrutura do candidato.
Indecisos
A evolução dos candidatos a deputado estadual está ligada principalmente à redução no número de indecisos. Enquanto na primeira pesquisa realizada em julho passado o número era de 61,4%, agora em agosto esse percentual caiu para 24,2%.
Isso se explica por causa da evolução da própria campanha, em que o eleitor vai conhecendo cada vez mais os nomes envolvidos.