sábado, 12 de maio de 2012

Robinson: “Tenho o que fazer: unir-me ao povo desencantado”


Deu no Jornal de Hoje
Robinson Farias
O vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), respondeu esta manhã as críticas da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que ontem, no Jornal de Hoje, lamentou "a insistência do tom compulsivo e deselegante do vice-governador Robinson Faria ao atacá-la de forma sistemática e pessoal", concluindo que as declarações de Robinson em relação ao governo "refletem falta do que fazer".
No dia anterior, Robinson havia concedido entrevista à Rádio Cidade - reproduzida no Jornal de Hoje -, em que declarava que a governadora perde compromissos internacionais por temer passar o governo ao vice e que, por conta disso, a governadora tinha "uma mentalidade atrasada, mesquinha, uma cultura política do século passado", afirmou.  
 
Ontem, a governadora Rosalba Ciarlini devolveu as análises do vice.  Segundo Rosalba, em suas entrevistas, o vice "adjetiva com raiva e insiste em se manter em evidência com temas superados". De acordo com o texto governamental, "quando estava no governo, como partícipe no secretariado e indicando auxiliares para órgãos importantes, seu tom em relação à governadora era bem diferente. Elogioso até além do razoável. Mudou quando seus interesses foram contrariados", diz o documento, se referindo à mudança de postura de Robinson após a cisão com Rosalba. 
 
Em réplica, o vice-governador afirmou esta manhã que tem muito que fazer. "Depois de romper com um governo de inoperância e incompetência, tenho muito o que fazer: unir-me aos milhares de norte-rio-grandenses desencantados para continuar a sonhar com o dia em que recolocaremos o Rio Grande do Norte na posição que seu povo merece. De trabalho, serviço público eficiente, atenção às carências da população e efetivas realizações", declarou Robinson.
 
O vice-governador também reforçou as críticas, já elencadas em relação à administração do Estado. De acordo com ele, "o Rio Grande do Norte está sendo levado à lanterninha em quase todos os indicadores sociais e econômicos. As fábricas estão fechando, os empregos estão indo embora, a insegurança é a maior de todos os tempos, os acordos com os servidores públicos não estão sendo cumpridos; a saúde virou um caos, os turistas estão sumindo, as centrais do cidadão destroçadas".
 
Nem a ação do governo Rosalba no tocante à seca escapou à análise criteriosa do vice. Segundo ele, a seca está instalada e não há nenhuma providência efetiva para enfrentá-la. "Enquanto isso o programa do leite se esvai, deixando crianças com fome, a pecuária à míngua e a economia rural lançada ao abandono. Infelizmente, vivemos hoje num Estado sem projeto e sem esperança. As pesquisas de opinião comprovam", afirmou Robinson, um dia após a divulgação da pesquisa Consult/Sinduscon, apontando aumento da reprovação ao governo de Rosalba em Natal, que agora beira a casa dos 70%. 
 
O vice-governador concluiu afirmando que o povo tem pressa e que o Estado não pode continuar parado. "Jamais me omitirei no exercício da minha cidadania, nem fugirei ao dever da crítica, como o governo está fugindo do dever de fazer. Governar é trabalhar. É o que esperamos que o governo faça", finalizou.
 

CERRO CORÁ RECEBE GRANDE EMPREENDIMENTO PARA RECEBER VISITANTES A PARTIR DO 10º FESTIVAL DE INVERNO 2012




O Empresário Wallace Pereira é um empreendedor de coragem que recentemente investiu em uma pousada denominada de Colina dos Flamboyants,  localizado as margens do açude Eloi de Souza, num lugar belíssimo que vale a pena visitar e ao mesmo tempo para quem tiver a honra de se hospedar La, com certeza sairá com uma boa imagem do lugar, do atendimento, da infraestrutura, da vista da cidade e do açude Eloi de Souza. Wallace e Dona Altiva Pereira tem bom gosto e serão agraciados com o sucesso do empreendimento que certamente será um dos destinos mais bem procurados dos municípios da Serra de Santana. Portanto, será também um componente importantíssimo para alavancar o turismo regional e local.

Este blog quer parabeniza-los pela iniciativa dizer que somos gratos por isto, que com certeza será um grande sucesso.














quinta-feira, 10 de maio de 2012

Robinson diz que Rosalba administra de forma coronelista


Por Vladey Liberato

Entrevistado no inicio da tarde desta quinta-feira no Jornal do Dia da TV Ponta Negra, o vice-governador Robinson faria disse que o governo Rosalba não tem projeto em nenhuma área e que a segurança e saúde estão abandonadas.
Robinson afirmou que já são vinte os auxiliares que deixaram o governo Rosa e até agora convidados não aceitaram participar da gestão. “A forma de governar é atrasada, centralizadora, coronelista”.
Sobre a ida de Carlos Augusto, marido da governadora para o gabinete civil, Robinson disse que “não mudará em nada, pois ele já administra o estado da varanda da sua casa, agora irá para dentro do palácio. Nenhuma novidade”, disse.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O ATO DE REPRESENTAR O POVO: Missão ou Profissão?


Vejo na política uma oportunidade de representar o cidadão como missão a serviço da sociedade, com o propósito de melhorar a qualidade de vida do cidadão. A missão de servir não é para todos, existem os missionários por vocação, missionários de coração, de alma limpa, de boa vontade. Existem também aqueles que aprendem a seguir algum missioneiro ou aprendem fazer a missão acontecer de fato, onde os quais são chamados pelo dever cognitivo, de consciência como co-responsável pelos destinos de um mundo melhor para se viver e lutam por isso. Mas existem também aqueles que ao invés de representar o cidadão por missão, os representam por profissão. Faz da política uma profissão. Faz do seu trabalho social uma profissão ou uma transfusão de maus costumes, de vícios nocivos impregnados na sociedade que fere a dignidade da pessoa humana pelos atos imorais, antiéticos e de ordem incomum numa sociedade que custeia tudo em benefício do nada ou do quase nada. Representar é um ato de grandeza e de muita responsabilidade. Representar deve ser guiada pela vocação, pela vontade de querer fazer a diferença, de querer fazer valer seus ideais de justiça social em prol do desenvolvimento político econômico e social da coletividade. Você estar ali, não em seu nome, mas em nome de uma nação, em nome de um povo. Você não pode em momento algum representar a si próprio, porque você já estar de fato e de direito presente. Você pode dizer sim ou não, você pode se defender. Mas o cidadão comum, sem estar presente com certeza elegeu alguém para o representá-lo nas hostes do poder. Seja Executivo ou Legislativo ou em outra instituição representativa da sociedade. O que não deve em hipótese alguma é se apoderar deste poder dado pelo o povo em benefício próprio em detrimento da coletividade. Temos no auge da representatividade o dever, o compromisso, a missão em defender os interesses coletivos pautados pela ética e pela moral, com o objetivo de atender os clamores de um povo, os clamores de uma nação ou de um grupo social do qual somos parte. É extremamente condenável todo e qualquer político que atuem em benefício próprio, se utilizando da boa vontade popular para tirar proveito próprio dentro de um determinado poder em detrimento da grande massa da população carente e indefesa. Usar a política como profissão é um desserviço, é um caminho direcionado para a corrupção, para o descalabro administrativo e financeiro. Para a desordem e o desserviço ao cidadão contribuinte deste país. Por isso entendo que o ato de representar o povo deve ser sempre pautado na missão e não na profissão.

Esta é minha opinião. 

domingo, 6 de maio de 2012

"Jamais nomearia um conselheiro do TCE", diz Robinson


Tribuna do Norte

Alberto LeandroVice-governador Robinson Faria
Vice-governador Robinson FariaA leitura das pessoas que viam um vice-governador romper com um Governo que ele ajudou a eleger fez com que nascesse de forma espontânea essa leitura de que o nome que poderá ser o candidato na eleição é o meu. Mas são suposições e eu não estou neste momento com nenhuma decisão tomada e não vou chegar em nenhuma entrevista falando que pretendo ou vou ser candidato a governador. Até porque não depende da minha vontade. O povo escolhe os candidatos e é tão sábio que depois escolhe o eleito.A leitura das pessoas que viam um vice-governador romper com um Governo que ele ajudou a eleger fez com que nascesse de forma espontânea essa leitura de que o nome que poderá ser o candidato na eleição é o meu. A leitura das pessoas que viam um vice-governador romper com um Governo que ele ajudou a eleger fez com que nascesse de forma espontânea essa leitura de que o nome que poderá ser o candidato na eleição é o meu. Mas são suposições e eu não estou neste momento com nenhuma decisão.

Como é que o senhor está acompanhando a estruturação do PSD. O partido teve um crescimento expressivo nacionalmente num primeiro momento e depois uma serie de questões levantadas, inclusive há essa discussão se vai ter tempo de televisão ou não vai ter. Qual o rumo que o partido pretende tomar a partir de agora?

Eu estou otimista com relação ao PSD. Eu tive uma reunião com Kassab que revelou também uma posição  baseada no advogado do partido, que foi o mesmo que ajudou na criação do partido. Ele acha que nós vamos conseguir o êxito no fundo partidário e no tempo de partido. Até porque seria uma injustiça, uma legenda com 55 deputados federais não ter o mesmo tratamento dos demais.  A democracia pressupõe q qualquer partido que se crie tenha o mesmo direito. Porque ele é um partido novo, mas expressivo, terceira bancada do Congresso não ter o mesmo direito dos demais? Então isso não é uma lógica jurídica, mas é uma lógica política. Com relação ao Estado o partido se apresenta em 130 municípios aproximadamente. É lógico que nós não vamos ter prefeitos candidatos em todos eles, mas vamos ter com certeza ou prefeito ou a vice-prefeitos ou a vereadores. Nós atualmente temos 232 vereadores com mandato filiados ao PSD. Eu não conheço a estatística dos demais partidos, mas a nossa expectativa é de que vamos disputar a eleição com aproximadamente 55 candidatos na cabeça de chapa no PSD, mas é muito bom lembrar  que muitas lideranças poolíticas ligadas a mim tradicionalmente não vieram para o PSD por conta do momento de demora de criação do partido, mas que são pessoas que me acompanham politicamente a 25 anos. Essas pessoas são 100% ligadas ao meu grupo, a única coisa que não vai aparecer é na estatística como sendo do PSD.

Em 2012 então o senhor se preparada para projetos em 2014.

Sempre é assim. Ano de eleição municipal é uma prévia para a estadual. É lóigico que não é uma certeza. As vezes você se sai bem na municipal e na estadual muda. Nós temos vários momentos que isso aconteceu. Não deixa de ser teoricamente um bom indicador para você  sinaliza bem para a caminhada posterior. O que eu acho interessante hoje no PSD do RN, apesar de ter sido muito resumido por conta da atuação do Governo nos bastidores para as pessoas não se filiarem ao PSD - hoje um trabalho muito forte do Governo de convidar os candidatos a não se filiarem - é que o partido tem uma capilaridade muito interessante. Então apesar de todas as adversidades, como a demora em Brasília e o boicote do Governo, eu acho que o PSD vai ser maior que o PMN foi no passado.

Quais seriam os projetos que estão sendo preparados em 2012 para desaguar em 2014?

O projeto do PSD é ele ser um partido já com uma sigla que tenha uma capilaridade em todas as regiões e isso já está confirmado, que eleja representantes nessas regiões e que tenha um discurso como nós estamos adotando crítico, mas não radical. Nós temos um discurso novo e uma postura de uma parceria com a sociedade diferente de um que já está comprometido com o que o Governo ordenar. É isso que eu escuto das pessoas que vem para o PSD, alguns até corajosas, não se deixaram levar por pressões e vieram em busca de ter um diálogo muito mais independente, de modernidade com a população. O PSD poderá ser decisivo em varias cidades, ou elegendo prefeitos ou apoiando. O PSD hoje tem a mim, a Fábio [Faria, deputado federal], a José Dias [deputado estadual] e Gesane Marinho [deputada estadual] e é um partido que ficou muito prejudicado perante o grupo que tinha se formado antes, mas independente dos deputdos nas bases dos municípios o partido ficou simpático e leve. E isso eu acho muito importante. Eu criei o PMN, era presidente da Assembleia Legislativa, aliado da então goevrnadora Wilma de Faria e confesso que o PMN não soava natural como aconteceu com o PSD na receptividade dos municípios.

Em Mossoró já se sabe que o PSD vai apoiar a candidatura a prefeita da deputada Larissa Rosado. E como ficará na capital?

Em Natal eu fiz uma proposta pelo rádio e não foi apenas um discurso para tentar ser o articulador da oposição, embora eu não tenha essa pretensão, quero deixar claro que eu sou um colaborador. Mas eu propus que a oposição se unifique já no primeiro turno. Eu conversei sobre isso com Mineiro [Fernando Mineiro, pré-candidato do PT], de quem eu sou amigo particular e a quem eu considero um parlamentar talentoso, conversei com a ex-governadora Wilma de Faria [pré-candidata do PSB] e com Carlos Eduardo [pré-candidato do PDT] e o deputado Agnelo Alves várias vezes. A minha ideia era unificar esses três já no primeiro turno, mas hoje eu acho que está um pouco difícil. Mas o diálogo continua aberto. Com isso aí a oposição ficaria muito fortalecida, já que em Natal nós temos Wilma e Carlos Eduardo despontando como os favoritos.  Isso iria fortalecer também a semente da oposição para 2014.

O senhor defenderia um nome para esse grupo como cabeça de chapa?

Eu acho que o nome deverira nascer desse diálogo de quem pretende disputar agora ou aguardar 2014. o desprendimento de cada um. Wilma, por exemplo, tem um sonho - admitamos - de disputar 2014. Eu não estou falando por ela, isso aqui é uma opinião minha. Então ela poderia, admitamos, apoiar Carlos Eduardo e se poupar para 2014. Eu notei Carlos Eduardo mais motivado agora para a eleição municipal. Agora ele é o primeiro na pesquisa, então é natural.

O senhor sentiu ser essa a candidatura mais motivada da oposição?

Sim, Carlos. Muito embora Wilma tem dialogado com ele ultimamente, mas a militância de Wilma cobra dela a candidatura. Então a gente tem que respeitar porque todo líder de um partido tem que ter também um pouco de desprendimento para ter a percepção e traduzir o sentimento de seus liderados.

Na hipótese de não haver esse entendimento qual seria a tendência do PSD?

Eu disse a Wilma e disse a Carlos, após conversar com Fábio e a José dias, que nós vamos aguardar um pouco mais para tomar uma posição em Natal. Não é querendo fazer um jogo de valorização, até porque ninguém anunciou o apoio em Natal, não se sabe as coligações, então não tem por que o PSD ser o primeiro partido a anunciar. Estamos também aguardando a confirmação ou não do tempo de TV do PSD que será muito importante também para nossa conversa. Na hora que nós tivermos conversando a parceria o PSD com um bom tempo de TV será muito importante. Mas queremos que isso aconteça até o final do mês de maio.

Nessa circunstância toda, o senhor acha que seu nome desponta hoje como o que tem mais perspectiva para disputar o Governo como candidato da oposição em 2014?

Se eu disser que me perguntam isso vão dizer que eu estou me lançando governador. Eu quero deixar bem claro, e que esse exercício não seja traduzido como se eu tivesse vindo aqui na TRIBUNA DO NORTE, me lançar candidato a governador. Com o rompimento com Rosalba da forma que todos já conhecem houve uma leitura e todos os fatos políticos a população procura traduzir, a psicologia do povo você não pode manipular. Os candidatos majoritários você não pode mais hoje impor. A evolução do processo político está tão forte e o nível de informação é tão instantâneo hoje em dia que todo mundo está bem informado.  A leitura das pessoas que viam um vice-governador romper com um Governo que ele ajudou a eleger fez com que nascesse de forma espontânea essa leitura de que o nome que poderá ser o candidato na eleição é o meu. Mas são suposições e eu não estou neste momento com nenhuma decisão tomada e não vou chegar em nenhuma entrevista falando que pretendo ou vou ser candidato a governador. Até porque não depende da minha vontade. O povo escolhe os candidatos e é tão sábio que depois escolhe o eleito.

Mas o senhor tem essa determinação no momento?

Eu não posso esconder e eu tentei ser em 2010. Cheguei a ser o segundo colocado na pesquisa, houve um equívoco que Rosalba era quase a governadora de férias, mas ninguém parou para pensar que no Rio Grande do Norte é um bolo político e ela estava sozinha. Do lado de Wilma tinham quatro candidatos, que tinham uma boa participação na história da política do RN. Então Rosalba era a favorita porque estava sozinha naquele momento. Do lado do governo eu fui o mais colocado em todas as pequisas. E originou meu rompimento com o Governo o fato de não ter o critério justo para a escolha do candidato. Eu pedi a Wilma para chamar os quatro candidatos [Iberê Ferreira, João Maia e Carlos Eduardo] e o que fosse mais bem colocado na pesquisa seria o candidato do sistema. Eu propus isso a ela. Ela me disse que não aceitaria porque não poderia deixar de apoiar Iberê. E aí começou o distanciamento, porque eu não achei justo. Ela tinha me autorizado em 2006 a eu me lançar candidato a governador, quando não aceitei ser o vice de Garibaldi (candidato a governador em 2006). Garibaldi me convidou três vezes e eu por lealdade a Wilma fiquei com ela e derrotamos o PMDB. Garibaldi tinha uma posição na pesquisa bem melhor que a de Rosalba em 2010. Então eu plantei essa semente. Eu não sei se essa semente ainda está viva mas eu não posso ser falso com vocês e com a população que vai ler o jornal e dizer que esse sonho morreu. Ele não morreu, ele está vivo, agora não depende de mim.

O senhor se arrepende de ter rompido com o grupo da ex-governadora Wilma em 2010 e se unido ao de Rosalba Ciarlini?

Se eu soubesse do tratamento que eu ia receber desse grupo e da ingratidão que eu encontraria lógico que eu teria todos os motivos para dizer que hoje estou arrependido. Eu fui determinado, na melhor das intenções e com disposição de lealdade à Rosalba e de ajudá-la. Mas eu fui tão incompreendido, e isso foi o que mais doeu em mim. A minha intenção com ela era de ser leal e de ajudá-la na sua caminhada política e administrativa. Por isso eu não entendi tanta incompreensão comigo. Quando eu rompi com o sistema e levei para ela todo o patrimônio que eu tinha. Eu fui deputado mais votado do Estado várias vezes, tinha um capital para governador de 17 pontos de votos consolidados, tinha dezenas de prefeitos e deputados estaduais que acreditavam em mim. Então eu doei tudo isso a ela. O DEM é um partido minúsculo. O ministro Garibaldi, antes da campanha, chegou a dizer que não ficaria com Rosalba se eu continuasse no sistema. Então minha ida para o sistema ainda proporcionou a permanência de Garibaldi e aí nasceu a super aliança. Se eu não tivesse ido ia ficar Rosalba e o PV. Durante a campanha quando começamos a andar em Natal eu e Rosalba de dez casas nove diziam que não iam votar nela por causa de Micarla. Então como teria sido o resultado de uma aliança PV e DEM? Rosalba venceu por conta dessa super aliança. Minha saída por outro lado causou um estrago no grupo de Iberê, quando inclusive vice ele teve dificuldade. Então matematicamente está comprovado que nós consolidamos a vitória dela. Aí você pergunta se eu me arrependi. Eu lá no fundo do coração só posso dar uma resposta: que eu me arrependi.

Como foi o retorno no grupo de Wilma de Faria?

Eu tive uma conversa com Wilma e ela fez uma reflexão que também houve erros por parte do grupo dela. Ela reconheceu que faltou diálogo, mais compreensão da parte dela, ela exercitar mais esse grupo. Iberê eu também acho que cometeu alguns erros quando não dialogou comigo. Eu não sou inimigo de Iberê e nem tenho motivos para isso. Ele apoiou meu filho em todo o Trairí na eleição anterior e cumpriu rigorosamente. Então não havia nada pessoal grave, a animosidade foi de disputa. Não houve nada grave que eu tenha ido para o grupo de Rosalba no desespero. Eu fui porque fui assediado, me senti injustiçado e confiei.

Com a hipótese de uma afastamento temporário da governadora como seria atuação do senhor?

Eu acho uma outra coisa absurda e isso demonstra porque o RN está caminhando para ser uma nau sem rumo. Não tem rumo político e nem administrativo. Infelizmente hoje o Estado é uma nau a deriva no meio do mar. A governadora é do DEM, que é um partido estigmatizado pelo PT da presidente da República, e mesmo com a pecha do DEM ela declina de um convite da presidente para ir a Índia com outros quatro governadores porque não queria passar o Governo para o vice. Existe uma ordem constitucional no Brasil. Eu sou vice-governador, eleito igual a ela. Eu não fui eleito bionicamente. Se ela me convidou para ser vice é porque eu tinha um capital político. Eu fui um vice que somei para ela, então que ela goste de mim eu não eu sou o substituto na ausência dela. É uma ordem constitucional que nem isso ela está tendo a capacidade de ler. Então ela recusou o convite da presidente e por ironia do destino surge uma segunda viagem, mais importante que a primeira, para Washington, onde ela estaria tratando de assuntos com o Banco Mundial, numa reunião presidida por Hillary Clinton, onde estava um colegiado de governadores e o único que não tinha o governador sentado na cadeira era o do RN. Ela não foi por conta dessa mentalidade mesquinha, uma cultura muito atrasada de dizer que não vai para não dar o gosto ao vice-governador. A perseguição a mim é maior que os interesses do RN. E o que eu fiz para merecer isso? O rompimento foi provocado por mim ou por eles?

Mas será que é só a questão de sentar na cadeira da governadoria? Tem um cargo vago no TCE, por exemplo. O senhor nomearia?

Claro que não. Eu sei separar. Eu apenas queria ser respeitado na minha interinidade, não ser desmoralizado porque eu também não ia assumir um Governo assinando um contrato para ficar lá como se fosse um boneco. Lógico que eu jamais iria cometer o oportunismo de dar um golpe nomeado um conselheiro do TCE na minha interinidade. Eu assumo publicamente minha palavra aqui. Não para assumir o Governo, mas porque ela é a titular. Eu não tenho o direito de nomear um conselheiro que é um cargo vitalício, quando a governadora eleita foi Rosalba. É lógico que tem algumas prerrogativas que eu jamais iria usurpar um direito que é dela. Foram dizer que eu ia dar canetadas e fazer medidas populistas, mas não. Eu tenho um nome a zelar. Tudo que eu fizesse eu teria o julgamento da população, dos órgãos de controle, da imprensa, do TCE, eu teria um julgamento popular depois. Eu jamais iria ser oportunista para isso. Eu nunca fui oportunista, se eu fosse teria sido vice-governador de Garibaldi em 2006 e não fui por lealdade a Wilma.

O senhor chegou a ser procurado para ser tratado sobre isso?

Nunca.

O senhor vê possibilidade de reaproximação?

Não vejo. De minha parte não há nenhum motivo para reaproximação. Eu admitiria uma convivência por ser vice-governador porque eu defendo o Estado. Mas eu não sou escutado em nada. O Governo me ignora como se eu não existisse. Eu não sou convidado nem para solenidade. Então eu sou um intruso. Esse Governo começou mal quando quebrou o mais sagrado na política, que é a coerência e a gratidão.

De que forma o senhor tem exercido suas funções de vice-governador após o rompimento?

Procurando fazer o máximo mesmo com os boicotes do Governo. Eu sou o primeiro na linha de sucessão. Eu recebo visitas de sindicatos, servidores, o segmento do turismo esteve aqui semana passada falar comigo. Eu estou à disposição do Governo. Não estou me oferecendo jamais para cumprir nenhuma função executiva do Governo, mas para colaborar eu estou pronto. Eu não renunciei ao cargo porque quem me deu o mandato foi o povo.

O senhor chegou a pensar em renunciar?

De forma alguma. Seria uma covardia muito grande de mim. Porque eu iria punir meu eleitor por vingança à Rosalba? Acho que isso era tudo que eles queriam.

Houve ingratidão por parte da cúpula que está na Assembleia Legislativa?

O presidente da AL, de quem eu continuo amigo até hoje, foi uma pessoa que ajudou muito e participou muito dos dias finais para que não houvesse o rompimento. Ele tentou marcar encontro meu com o marido da governadora algumas vezes. Então eu quero isentar. Ele tentou contornar, mas não havia predisposição para dialogar.

Com relação a disputar o Senado, deputado federal ou estadual. Dessas possibilidades quais o senhor considera possível para 2014?

Eu não posso responder, nem Rosalba pode dizer porque pode ser que ela própria chegue em 2014 e esteja inviabilizada ou desmotivada. Então se ela está no Governo não pode responder imagine eu que sou um vice-governador enquartelado pelo poder dominante. Agora eu vou caminhar, fazer com que meu partido cresça, não vou me omitir de opinar o que acho certo ou errado.

Se o senhor fosse escolher uma prioridade para o RN ou um projeto ou obra estruturante, qual o senhor elegeria?

Primeiro é preciso enfrentar o problema da Saúde, já que os últimos acontecimentos mostraram ser uma das áreas das quais é necessária uma intervenção urgente. Da mesma forma é preciso um olhar especial para outras áreas nas quais o Governo não pode se omitir como Educação, Segurança Pública e estímulo ao desenvolvimento. Seria necessário também uma reestruturação da própria administração para que a partir daí se possa pensar em obras estruturantes. Enfrentados esses desafios uma das prioridades que eu consideraria seria a construção de um Porto porque o desemprego está aumento no RN porque não temos um Porto. Nós estamos perdendo todas as exportações - o RN teve uma queda - então eu acho que uma PP de um Porto privado seria fundamental. A segunda seria uma obra humana, que não está acontecendo. Você fazer um Governo com preocupação para atender quem não está sendo atendido. Uma obra de valorização social, o Governo com o foco para atender os últimos que estão esquecidos no RN.

Fábio Faria ressalta união do PSD de Mossoró na decisão de apoiar Larissa Rosado


por Robson Pires
O deputado federal Fábio Faria participou neste sábado (5) de Encontro do Partido Social Democrático (PSD) em Mossoró, onde o presidente estadual da legenda, vice-governador Robinson Faria, anunciou apoio à deputada estadual Larissa Rosado, pré-candidata à Prefeitura pelo PSB. A decisão do PSD foi tomada pelo diretório municipal por 49 votos contra uma abstenção.
 “Essa é uma decisão do partido em Mossoró, com apoio integral do diretório estadual e da direção nacional do PSD, que tem estabelecido parcerias com o PSB em diversos municípios para as eleições deste ano”, afirmou Fábio Faria
A aliança política em torno da pré-candidata Larissa Rosado já reúne PSD, PSB, PP, PHS, PTC, PRB, PPS e PTB. No Encontro deste sábado, presença de dirigentes do PSD de Apodi, Upanema, Felipe guerra, Tibau, Governado Dix-Sept- Rosado, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, Areia Branca, Fernando Pedrosa e Alto do Rodrigues.