A busca de João Maia e do presidente da Assembléia Legislativa Robinson Faria de independência política é bem vinda. Em um estado ainda imerso em conservadorismo, a busca de uma "terceira via" (já tentada por outros políticos, registre-se) pode parecer uma aventura. A pergunta é: há pecado nessa aventura? No sentido concreto e abstrato, não. Se os dois conseguirem os seus intentos, o que inclui ganhar as eleições e não realizarem na prática suas promessas de campanha, ai sim, seria uma outra coisa, e até diria, condenável. Mas não a tentativa, a aspiração, a busca de uma "terceira via". Caso fosse pecado, Lula jamais teria sido eleito, ou mesmo Wilma de Faria ou até mesmo Micarla de Sousa que enfrentou o "acordão" condenado nas ruas e no voto pelo povo.
Dentro do jogo democrático, o desejo de João e Robinson aparece como algo mais do que legitimo. Diria mais: é necessário. As conseqüências do gesto, como muitos apontam, de que ambos podem deixar uma eleição tranqüila para deputado, cabe apenas aos dois a decisão.
Bom, à parte teorizações, conversei recentemente com um político muito próximo a João Maia. Próximo mesmo. Ele me disse (em sua avaliação) que anda meio perdido, sem entender direito ainda o que quer João Maia, mas vaticinou que vê no seridoense uma pessoa corajosa, disposta e preparada.
Perguntei provocativamente se entre ele (João) e Robinson qual dos dois seria, digamos, o mais aventureiro e corajoso. Resposta: João Maia, adiantando que o seridoense iria até mesmo para uma candidatura solitária independente do apoio de Robinson. Já o presidente da Assembléia, na visão desse político, só irá mesmo se tiver o apoio, o reforço, a companhia de João Maia. É esperar e conferir. Afinal o próprio João Maia já revelou aqui mesmo em o No Minuto que a definição sai na próxima semana.
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