No meu departamento do entendimento pessoal, democracia é a força da maioria, ela é usuária da liberdade, é símbolo do respeito às individualidades do cidadão, portadora da livre expressão da palavra e do pensamento humano. Ela nasceu para viver em sua plenitude usando regras de convivência social, de convivência coletiva e por ter regras claras, podemos dizer que o limite deve ser respeitado em relação aos outros, que devemos primar por uma boa conduta social, que devemos falar apenas de forma construtiva, respeitosa em relação aos fatos, pois do contrário a democracia tão sonhada pela sociedade brasileira fica ameaçada, passa-se a ouvir resquícios da maldita ditadura, passa-se a ouvir gemidos que desorganiza um dos princípios vitais da democracia que é o respeito a individualidade do outro e a conseqüente convivência social. Isto a meu ver, não se deve permitir numa sociedade num estado de direito, o desordenamento do indivíduo, desfalecendo a ética e a moral, falando o que querem e fazendo o que querem de qualquer forma, de qualquer jeito. Estando certo ou errado, usando a má fé a revelia dos outros.
Entendo que a melhor forma de compreendermos os outros é sem dúvidas, se colocando no lugar do outro. Ai sim se sente um clima que talvez humanamente se compreenda e se tome decisões corretas a cerca do que temos como instrumentos, dentro dos princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e moralidade pública frente aos direitos individuais e coletivos dos cidadãos respeitando o que de mais sagrado conquistamos a custa de muitas vidas, torturas e de muito sangue que é a jovem democracia em nosso país.
Dizendo isto, quero fazer uma reflexão a cerca dos últimos acontecimentos, ocorridos nesta sexta-feira, na Câmara Municipal de Cerro Corá em relação ao que foi noticiado por um Vereador na semana anterior em seu Blog, de que nosso município iria perder quase por inteiro o Programa Bolsa Família, ouvindo apenas conversas de Rua, de pessoas que certamente queria “ver o circo pegar fogo” divulgou suposições sem que houvesse nenhuma certificação por parte do Vereador junto as Secretarias responsáveis pelas informações, no caso a SEMSA, a SEMTHAS e SEMECD para apuração dos fatos. Isto na essência da palavra chama-se despreparo ou má fé para atordoar a mente do povo de nosso município, do Prefeito e seus aliados. Numa linha de raciocínio ultrapassado, retrógado de fazer oposição de forma irresponsável, como se a democracia fosse depósito de desafetos, de dejetos que se deve usar, abusar e em seguida jogar fora quando bem entendem e querem. A política brasileira avançou nos últimos anos de maneira que a convivência entre contrários se tornou uma maneira de respeito às decisões do povo nas urnas, de respeito às adversidades, as diferenças de pensamentos, pautadas em dados reais e não em suposições, porque como eu disse antes a democracia tem regras e quem dela foge paga seus pecados sob as duras penas da Lei. Por isso não adianta avacalhar informações com o propósito de deixar o povo confuso. Pois o papel do representante do povo não é enganar a população com informações infundadas, inverídicas e sim, procurar informações corretas e passar para a população o que há de mais correto possível, sob pena de perder a credibilidade junto à população. Ser oposição coerente é o de mais saudável no processo democrático a favor da coletividade e é sagrado o direito de fazê-la, mas com os pés no chão e a cabeça erguida sem medo de perder-se na imensidão, com cautela e muita análise no que pode e deve falar e fazer para não escorregar nos caminhos da vida pública. O meu avô dizia na sua mais sublime missão que teve aqui na terra, usando a sua magnífica inteligência, que “nem tudo que se ver se pega e nem tudo que se ouve, se diz”. Numa clara alusão a reflexão para poder tirar conclusões e posterior decisão. Outrossim, imaginemos que se fosse ele o autor da denúncia que tivesse do outro lado será que gostaria de ser tratado assim? Será que no fundo do seu coração ele tem por certo que a emoção é superior a razão? Será que ele suportaria tanta pressão descabida? É hora do basta. Chega de alisamento na cabeça. Deve responder em sua plenitude pelo que fala e faz. Esta é uma regra humana. Porque tudo quanto fazemos de mal aqui na terra contra alguém, pagaremos aqui. Não há escapatória, pois a justiça divina não falha. Um caso como este envolve muita gente, mexe com a vida de muita gente de bem e funcionários responsáveis que tanto se dedicam a favor da população, até fora de seus expedientes de trabalho. No entanto, são pré-julgados como irresponsáveis, incompetentes, incapazes de gerir um programa tão relevante como este. Por isso quero parabenizar o Prefeito, Assessores e funcionários responsáveis pelas informações do Programa Bolsa Família pela iniciativa de esclarecer na Câmara Municipal de Cerro Corá esse fato tão lamentável que ocorreu nos últimos dias. Nada contra o nobre Vereador o que desejo é que ele tenha um mandato de muito sucesso.
Adevaldo da Silva Oliveira
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