sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Disputa no PP antecipa campanha pela sucessão

O Partido Progressista se transformou em palco de uma briga pública entre o grupo do deputado estadual Robinson Faria, que até então liderava o PP, e o do vice-governador Iberê Ferreira, que busca assumir o comando da legenda. Uma espécie de prévia das eleições, já que Faria estará no palanque da oposição, sendo o candidato a vice-governador da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), e Iberê será o candidato ao Executivo pelo PSB.

O prefeito da cidade de Lajes, Benes Leocádio, é o principal representante de Robinson Faria e chegou a ser cotado para assumir a presidência do PP, em caso de eleição do diretório estadual, que aconteceria no dia 8 de março. No entanto, com a determinação do diretório nacional de compor uma nova comissão provisória, a presidência continuará sob a liderança de Pedro Augusto Lisboa, prefeito da cidade de Passa e Fica, que apoia a candidatura de Iberê Ferreira.

Na tarde de ontem, os representantes dos dois grupos estiveram reunidos com a assessoria jurídica do partido para definir a instalação da nova comissão provisória. Pedro Augusto e Benes Leocádio decidiram aguardar comunicado por escrito, que deverá ser enviado pela Executiva Nacional, antes de qualquer decisão. A proposta já anunciada por telefone para Pedro Lisboa pelos dirigentes nacionais da sigla é que uma comissão provisória, a ser integra pelos 16 prefeitos e pelo vice-prefeito de Natal, Paulinho Freire, decida os rumos do PP no Estado.

Ontem, no microblog twitter, Robinson Faria aproveitou para fazer uma espécie de “prestação de contas” do partido durante o seu comando. “Antes da nossa parceria, o PP tinha seis prefeitos. Em 2008, com nosso apoio, foram eleitos 19 prefeitos pelo partido”, afirmou, através do microblog twitter. Ele lembrou que o PP em Natal tinha apenas uma representação “simbólica”, mas hoje tem o vice-prefeito, Paulinho Freire, e dois vereadores eleitos.

O parlamentar foi ainda mais além: “Esta é uma punição ao crescimento do partido? Então, qual a justificativa para punir o nosso grupo?”, escreveu Robinson Faria.

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