2010 EM ALTA

Por enquanto, todos os meios de comunicação do nosso país se ocupam com um assunto no mínimo rotineiro para alguns, exorbitante para outros, “eleições 2010” para Governador, Presidente da República, Senador, Deputado Federal e Estadual. Porque tanta pressa? Será interesse do povo a antecipação do pleito? Ou interesses de grupos corporativos? Isto é salutar para a democracia? Ou reprime o regime democrático? Entendo que o momento seria oportuno para rever os conceitos políticos. Porque não se pensar em eleições gerais de 5 em 5 anos, em todos os níveis, de Vereador a Presidente da República. Pois só assim haveria 3 anos para trabalhar pelo povo, para a concretização de projetos de desenvolvimento para melhorar a vida do cidadão. Tempo suficiente para repensar estratégias de modernização da máquina administrativa do país, por exemplo, de realizar grandes reformas, como a reforma administrativa, previdenciária e principalmente as reformas política e tributária. Nosso país escorrega-se na lama das contribuições, no paraíso da corrupção, no estardalhaço das conveniências, na senzala da pobreza, no destino da miséria humana. Será que esses não são problemas cruciais da cultura da escravidão? Onde o estado de direito distribui o progresso para os ricos e ordem para os pobres? Será que não podemos pensar num estado democrático de direito mais justo em termos de distribuição da riqueza e proliferação do saber? Será que estamos preocupados com os sem teto? Os sem terras? Os sem comidas? Os sem lazer? Os sem trabalho? Os sem nada ou quase nada? Será que estamos na linha do tempo do século XXI apenas para assistir a falta de segurança nas grandes, pequenas e médias cidades brasileiras? Sendo omissos e esquecidos das promessas de campanhas de todos aqueles que brincam com a falta de conhecimento da população menos favorecidas? Assistir as filas de pessoas nos corredores dos hospitais à espera de um tratamento mais humanitário? São questões que entendo merecer uma atenção especial dos poderes constituídos para servir a nação. Falta no meu entendimento acesso a educação e oportunidade de trabalho, distribuir melhor o bolo para que sejamos socialmente justos e dessa forma solidários com os nossos irmãos. Esta hora não e de enaltecer 2010, antecipar o processo eleitoral, mas de resolvermos questões como essas que marginalizam setores sociais e os algemam com o mais forte golpe o de usar a emoção dos que sofrem para tirarem proveito próprio. Quem esta dentro não quer sair e quem esta fora quer entrar. Pior que as armas utilizadas são as mesmas em todas as campanhas acusar quem estar no poder para emocionar o povo e entrar para também não fazer.

Autor: Adevaldo da Silva Oliveira
Nov/2009