quinta-feira, 12 de novembro de 2009

UM RICO DE POBRES

Nós brasileiros, estamos vivendo um dilema político de cunho social grave. De um lado um país rico em riquezas naturais, principalmente de ordem mineral e vegetal pujante economicamente, mas miserável do ponto de vista da distribuição das riquezas. Nós somos um dos piores do mundo em distribuição de renda, um dos maiores em concentração de renda. Resistente a mudanças quando se trata em repartição do bolo. Nós aprendemos a ser mestres em críticas aos outros e acalentar os pobres com verdadeiras migalhas. Nós entendemos que todo mundo deve ajudar, mas poucos contribuem para isto. Entendemos que é preciso acabar com a violência, mas não queremos dividir o que temos para resolvermos problemas sociais cruciais para o combate a uma grande parte da violência. Nós preferimos atacar a violência com atitudes violentas, mas não queremos dar nossa contribuição concreta para diminuirmos a violência iniciando pela causa ou pelas causas. Nós ainda não aprendemos a desprendermos de valores reais para termos valores morais e étnicos. Nós somos produtores convictos do que estamos passando no nosso país. Onde as gangs são mais poderosas do que a polícia, mais bem preparadas e equipadas do q ue aqueles responsáveis pela segurança da população. O rico prefere ter mais e mais e viver escondidos, enclausurados em suas casas do que ajudar as classes menos favorecidas da população a viverem melhor. Vivemos num país onde um assassino, estuprador, contrabandista e ladrão tem manutenção paga pelo país, pelo nosso bolso entre 800,00 (oitocentos reais) e 1.200,00 (um mil e duzentos reais) por mês. Enquanto que uma família de bem recebe deste mesmo estado entre 80.00 (oitenta e 200,00 (duzentos reais) por mês para saciar a fome e vegetar neste chão. Para os assassinos, estupradores, contrabandistas e ladrões. eles têm médicos, enfermeiros, dentistas, assistentes sociais, advogados, psiquiatras, psicólogos, religiosos e os direitos humanos a favor, além de alimentação de primeira e medicamento sem falta. Os pobres se virem nos trinta com esse dinheiro e peregrine nas filas dos hospitais, saiam pedindo favor a prefeito, vereador ou outra pessoa que exerça influência para se ter qualquer destes profissionais a sua disposição por alguns minutos de atenção ou poucas horas. Além disto, os direitos humanos a população não conhece, só ver falar pela imprensa defendendo bandidos. E diante deste dilema a gente chega a perguntar quando será que iremos ter tratamento e acesso a tudo isso como pessoas de bem? Será que não estamos marginalizando demais nossa sociedade mais pobre e supervalorizando a bandidagem e endeusando os sufocados ricos de nosso país? Por isso retorno ao assunto do tema que fazemos uma guerra danada para dividir um pouco com muitos irmãos nossos que estão precisando de tão pouco para viver melhor socialmente e humanamente mais justo. O exemplo disto ,foi à dificuldade que assistimos para a partilha da riqueza do pré-sal tão falada pelos políticos e a mídia de modo geral. Onde foi demonstrada uma verdadeira guerra, uma disputa desigual predeterminar qual o ente federado ficará com o maior bolo desta riqueza recentemente descoberta pela Petrobrás. E por falar em Petrobrás! Nosso país comemorou a auto-suficiência em petróleo, mas não houve repartição desta riqueza com o contribuinte. Nosso litro de combustível ainda é um dos mais caros do mundo. Porque não dividir também com o consumidor brasileiro esta riqueza que se diz ser nossa? Portanto quero lamentar como patriota que sou, em vivermos num país tão rico com tantos pobres desiludidos, entregues a própria sorte, digamos escravos modernos dos tempos modernos. Suando e sonhando com um mundo mais justos que ofereça as futuras gerações compreensão, respeito, exemplo, fraternidade, amor ao próximo, não só nas palavras, mas principalmente nas ações. Que se tenha pessoas ricas humanamente, financeiramente e em humildade num país com tantas riquezas fabulosas em fauna, flora e industrialmente inteligente para o bem-estar do meio ambiente e de um planeta saudável.

Autor: Adevaldo da Silva Oliveira

Novembro 2009

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